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Pilotos e comissários decidem não aderir à greve, aeroportos de GRU, POA e REC param


Pilotos e comissários de voo decidiram não participar da greve convocada para sexta-feira no país contra as reformas trabalhista e da Previdência e determinaram, em assembleia, que vão encerrar qualquer tipo de paralisação.

A categoria havia decretado estado de greve na segunda-feira contra a reforma trabalhista, mas o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que após negociação intensa com parlamentares, os profissionais conseguiram avanços na proposta.

"O que irá evitar uma precarização sem precedentes para a profissão e, principalmente, preservará o nível de segurança de voo para todos", disse o sindicato em nota nesta quinta-feira.

O Sindicato Nacional dos Aeroviários, dos funcionários de solo, no entanto, informou que dirigentes sindicais organizam paralisações nos aeroportos de suas bases, com início no turno da manhã, sem horário previsto para término.

A reforma trabalhista, aprovada pela Câmara, precisa ainda ser votada pelo Senado.

Pela proposta aprovada, pilotos e comissários foram excluídos do artigo que permite a contratação por meio de contrato de trabalho intermitente e também foi acatada emenda que exclui a possibilidade de demissão por justa causa dos aeronautas que eventualmente perderem licenças, habilitações ou certificados para o exercício da profissão, segundo o comunicado do SNA.

Aeronáutica monta plano de contingência por conta da greve

A Aeronáutica acionou o gabinete de crise, que fica no Rio, para tomar providências rápidas em situações de atrasos e cancelamentos de voos, decorrentes da greve geral, marcada para esta sexta-feira. Os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Santos Dumont e Brasília são as maiores preocupações das autoridades. A paralisação de aeroviários (que dão apoio em terra), de controladores civis (da Infraero) e a possibilidade de fechamento de acessos aos aeroportos podem trazer transtornos para os passageiros.
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Os controladores de voos militares, bem como os aeronautas (pilotos e comissários) estarão trabalhando normalmente. Porém, há risco das operações nos aeroportos serem prejudicadas se os aeroviários, que fazem por exemplo o serviço de reboque de aeronaves, limpeza e abastecimento, cruzarem os braços.

Caso os controladores da Infraero, que trabalham nas torres dos aeroportos de Guarulhos, Santos Dumont e Campinas paralisem suas atividades, o plano de contingência do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) prevê a substituição desses trabalhadores por militares. Uma equipe já está de prontidão nos aeroportos.

Se algum aeroporto seja fechado, o plano do Decea prevê o redirecionamento do voo para outro terminal alternativo. Todas as empresas aéreas e operadores aeroportuários têm representação no gabinete de crise.

- O passageiro pode ser afetado em relação à regularidade e pontualidade do seu voo. É provável que haja cancelamentos e atrasos, mas o Decea tem um plano de contingência para responder de forma rápida - disse o coordenador do gabinete de crise, brigadeiro Luiz Ricardo.

Caberá às companhias prestar a devida assistência aos passageiros em casos de cancelamento, atraso de voo e pouso em local alternativo. Para se precaver, algumas empresas estão trocando as passagens marcadas nessa sexta para sábado, sem ônus para os passageiros.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deverá determinar aos sindicatos dos aeroviários um percentual mínimo de efetivo para não comprometer as operações dos aeroportos, sob pena de multa. A decisão deverá ser tomada ainda na noite desta quinta-feira.

Guarulhos, Porto Alegre e Recife confirmaram paralisação

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) informou nesta quinta-feira, 27, que os aeroviários de Guarulhos, Recife, Porto Alegre aprovaram em assembleias e consultas aos turnos que vão aderir à Greve Geral que deve iniciar nos aeroportos de suas bases a partir das 5h da manhã desta sexta-feira.

Aeroviários são funcionários nas empresas aéreas que atuam no check-in, auxiliar de serviços gerais, mecânicos de pista, despachante de voo entre outros cargos.

Para o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Avião Civil (Fentac), Sergio Dias, as categorias estão mobilizados em defesa de seus direitos. "É importante a unidade dos trabalhadores da aviação civil nesta greve geral do dia 28 de abril. Direitos históricos, que foram conquistados arduamente, estão ameaçados caso essas reformas sejam implementadas", alerta Dias.

Já os pilotos e comissários de voo decidiram não participar da greve. A categoria havia decretado estado de greve na segunda-feira contra a reforma trabalhista, mas o informou que após negociação intensa com parlamentares, os profissionais conseguiram avanços na proposta. "O que irá evitar uma precarização sem precedentes para a profissão e, principalmente, preservará o nível de segurança de voo para todos", disse o sindicato da categoria em nota nesta quinta-feira.

Aeroportuários

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) que representa os trabalhadores nas empresas que administram os Aeroportos (Infraero e Concessionárias privadas) também convocou a categoria a aderir ao movimento e orientou que cada aeroportuário converse com sua família para que fique em casa em protesto às reformas, que na realidade são um verdadeiro desmonte aos direitos que foram conquistados com muita luta, suor e sangue.

"Especialmente na categoria aeroportuária estão querendo tirar ainda mais. Sangue já tiraram. Suor já levaram. Agora, estão querendo tirar a alma do aeroportuário", frisa o presidente Francisco Lemos, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU)
Total de trabalhadores: 9 mil
Adesão à paralisação nacional: 6h da manhã
Fonte: Sindigru

Aeroporto Internacional de Recife (REC)
Total de aeroviários: 6 mil
Adesão à paralisação nacional: 6h da manhã
Adesão à paralisação: 600 aeroportuários
Fonte: Sindaero

Aeroporto Internacional de Porto Alegre (POA)
Total de aeroviários: 3 mil
Adesão à paralisação nacional: 5h da manhã
Fonte: Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre

Aeroportos da base do Sindicato Nacional dos Aeroviários
Em todo o país, orientação do Sindicato é iniciar no turno da manhã
Fonte: SNA

Quem são os Aeroportuários (trabalhadores na Infraero e Concessionárias privadas que administram os aeroportos)

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